terça-feira, 10 de julho de 2012

Choro também deixa saudade


Você já se imaginou sentindo saudades daquele chorinho manhoso, dengoso, de fome ou seja lá por qual motivo? Já me deparei nesta situação pelo menos duas vezes, momentos que me marcaram de verdade.

A primeira foi na segunda internação do Davizinho, quando ele passou semanas entubado na UTI e ele só conseguia se comunicar conosco através do olhar. Quando ouvia outro bebê chorar, pensava: Ai, que delícia de som, queria tanto ouvir do meu filhote!  E a segunda, que será eterna, aperta o meu peito há três meses.

Ontem (09), à noite, estava lanchando com o meu marido e um bebezinho fez a minha saudade despertar. Parecia que estava com cólica, aquele choro agudo, mostrando dor e a mamãe fazendo de tudo para aliviar o desconforto da criança. Neste momento, vieram flashes na minha cabeça. O Davi chorou pouquíssimo, comparado com outros bebês que eu conheço. Mas quando chorava, 80% das vezes significava MAMÃE!


Este vídeo foi gravado pelo meu rimão, num dia que precisei sair e ele ficou com o Davi. O Davizinho só se acalmou quando assistiu a ele mesmo chorar! Rs...
Todas as alternativas do bem são válidas!

Lembrei também de algumas mães que eu conheço que não têm a mínima paciência com o choro de seus filhos ou não sentem saudades da fase que eles são extremamente dependentes. Para mim isso é de partir o coração. Então só vinha em minha mente: Valorize o choro de seu bebê, ele deixa saudade! Seja por qual motivo for ou por quanto tempo irá demorar a sentir, a saudade irá aparecer.

O choro deles é a forma de comunicação mais eficaz que esses pequenos conseguem se expressar. Pelo bem deles, respeite, valorize e atenda a necessidades de forma materna.

Existem dicas para traduzir os tipos de choro. Lembre-se: as crianças não são iguais, portanto, o choro varia de um para o outro.

Fome: gemidos semelhantes a um apelo que não cessam com carinhos somente quando estiver satisfeito.
Dor: grito agudo seguido de um pequeno intervalo.
Fralda suja ou roupa desconfortável: choro fraquinho e estridente.
Cólica: choro agudo e intenso, normalmente leva a criança a esticar e encolher as perninhas, tremer o queixo e fazer cara de dor.
Frio ou calor: é um choro copioso de desconforto.
Excesso de estímulo ou irritação: é um choro meloso que ocorre ao fim de um dia movimentado.
Sono: criança agitada e com choro nervoso.
Emocional: choro geralmente é acompanhado de soluços, como se o pequeno estivesse meio "engasgado" de raiva ou brabeza.

Elimine cada opção até chegar em uma que acalme seu bebê. Se o choro persistir, o bebê pode estar com febre ou com alguma dor. Não ofereça remédios sem orientação médica. Procure o pediatra do seu filho e com ele descubra o que o pequeno tem.

DICAS
0 a 3 meses – é um período que a criança tem muitas cólicas. Para evitá-las, faça massagens na barriga do seu bebê e mexa suas perninhas (bicicleta) de duas a três vezes ao dia e não somente nos períodos e cólicas.
3 a 6 meses – continue somente com leite materno, além de satisfazer a necessidade de sucção de seu bebê, não sobrecarregará o seu rim e intestino com nutrientes pesados contidos em outros tipos de alimentos, evitando assim desconfortos.
6 a 12 meses – Criança não sabe o que é manha ou birra até os 12 meses. Por isso, se a criança chorar, atenda e verifique as causas do choro.