domingo, 10 de março de 2019

Embarque para um teste de sobrevivência

Estou cada vez mais em falta aqui, né? Daqui a pouco terei que mudar o nome do blog por "Minha Vida Ano a Ano...". Rs... Desculpem-me!

Já que não fiz o post de pré-carnaval, com dicas de fantasias e bloquinho, vou falar como foi o nosso carnaval, meu e da Alice. Foi 2 em 1 - Brasília e São Paulo. Foi demais! Senta aí, que lá vem história.

Ela abriu o Carnaval de abacaxi


BRASÍLIA 

Para quem acha que Brasília não tem carnaval, está muito enganado! É muito bom e a cada ano cresce mais. Passou do tempo que a cidade ficava deserta nesse período do ano. Mas sou daquelas que não entende como alguém não gosta de carnaval.

Na Capital Federal, a Alice e eu curtimos o Babydoll de Nayllon, com amigos. Não é um bloquinho voltado para crianças, mas foi bem organizado e tranquilo para a pequena. Eu fui bem equipada, com spray de espuma, confete e serpentina, além de água e lanche. Mas ela cansou rápido, quis colo e até dormiu. Uma academia para mim, tentar curtir a festa com 17kg nos braços. 

Formamos a dupla Batman e Robbin, e a Alice arrasou! Ganhou vários fãs durante a folia. 


No final do dia, o mundo caiu em forma de chuva. Foi a parte que a Alice mais curtiu. Eu levei capa de chuva e ela ficou bem protegida. Mas é da bagunça que criança gosta.

SÃO PAULO

No domingo, partimos para Sampa. Na verdade, foi uma viagem de testa para mim, pois foi a primeira vez que embarcamos sozinhas.

 #MEDO #ANSIEDADE #ANIMAÇÃO 

Tudo junto e misturado. Mas o que a minha mente não parava de me perguntar era: Você vai sobreviver?

Sobrevivi! Feliz e orgulhosa!

A viagem foi totalmente voltada para a Alice, mas curtimos demais juntas. 

Domingo - Já chegamos no fim do dia, então só deu tempo para darmos uma volta pela Avenida Paulista. Os bloquinhos já tinham terminado, mas a galera ainda estava fantasiada pelas ruas. 




Tiramos a segunda-feira de carnaval para curtir o Parque da Mônica. Que lugar lindo! O parque não é tão grande, então, dependendo da época, dá para aproveitar tudo tranquilamente. Como era feriado, estava bem cheio. Mesmo assim, foi ótimo. 

Os brinquedos que a Alice mais amou: Horacic Park (eu chamo de Tchibum kkkkk...), a montanha-russa do Astronauta, o brinquedão do Chico Bento (porque a mamãe escorregou no tobogã junto com ela Rs...) e o cinema 4D Coelhada nas Estrelas.




Teve até bloquinho de carnaval, com desfile da Turma da Mônica, banda, bailarinos, muita animação e um rio de confete.



O parque é muito organizado, tem programações com horário marcado, como foto com os personagens, visita à casa da Mônica e shows. Todos recebem o mapa e o guia de programação das atrações, na entrada do parque. 





Os ingressos podem ser comprados com antecedência pela Internet ou na bilheteria do local. A vantagem da compra online é a garantia da data que pretende ir e também é um pouco mais barato. 


Já ouviu falar nesse lugar incrível? É uma cidade inteligente para crianças e adolescentes, de 03 a 14 anos. Nunca vi nada com a mesma proposta. Todas as crianças merecem viver essa experiência!

O espírito da cidade já ganha vida desde a compra do ingresso. É como uma passagem aérea, para todos embarcarem na ideia. A entrada é exatamente como o balcão de check-in de um  aeroporto. E quando abre o portão de embarque, são apenas quatro horas de diversão. É muuuuito pouco! São mais de 50 atividades, cada uma leva em média 30 minutos de duração, sem contar as filas.



Lá na Kidzania, os adultos são apenas plateia, assistem às crianças executando os trabalho pelo lado de fora. Os espaços são como aquários. É uma cidade em escala infantil que combina inspiração, diversão e aprendizagem através de atividades realistas. Graças ao realismo de cada ambiente, as crianças podem aprender diferentes carreiras. Ela trabalham, são remuneradas e também há atividades em que elas precisam pagar com Kidzos, a moeda local. 

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Cada experiência é projetada especialmente para as crianças e trabalham uma série de comportamentos importantes para a vida, como paciência, disciplina, respeito, escolhas, prioridades, espírito de equipe,  sociabilidade, administração de tempo e uma pitadinha de educação financeira. Esses comportamentos são explorados em cada carreira que as crianças desejam experimentar.

A paciência é o maior desafio, tanto para adultos, como para os pequenos. Imagine só uma criança de 4 anos esperando meia hora numa fila para fazer a atividade escolhida. Essa espera não pode ser transferida para a mamãe ou papai. Adultos não podem ficar nas filas, muito menos guardar lugar enquanto os pequenos estão atuando em outras profissões. 

Voltando ao check-in da Kidzania, cada um recebe um cheque no valor de $50 Kidzos. Ao entrar, é preciso passar pelo banco para trocar o cheque por dinheiro. Eu levei uma carteira pequena para a Alice guardar o dinheiro dela e ela se achou! #ficaadica

As atividades mais concorridas são: Copor de Bombeiro, emergência do hospital, estúdio de gravação Netotuber e Junior Bake Off Brasil. Algumas profissões exigem idade mínima ou leitura e escrita. Na entrada de cada uma, há uma placa que descreve todos os requisitos da carreira, inclusive o valor da remuneração ou de pagamento, para aquelas que cobram. 

Como são só 4h para tanta coisa, não há tempo para comer, mal dá para ir ao banheiro. Então as dicas são: não se esqueçam de levar água e lanchinhos na mochila. E tentem levar as crianças para fazerem as tarefas de comidas, pois eles saem com o produto que prepararam. Além do Junior Bake Off Brasil, que as crianças confeitam cupcakes e ganham um tupperware lindo da marca, com um potinhos com granulados, tem também fábricas de pizza, de pão, de sanduíche, de bala Fini, de suco e de chocolate. Assim, elas comem o que produziram na fila da próxima atividade.

No final do período do passaporte, as crianças podem fazer compras com o dinheiro que ganharam durante o dia de trabalho, em uma lojinha de brinquedos simples, como anéis, bolinhas, jogo da memória, catavento... A Alice ficou muito orgulhosa por ter conseguido comprar com o dinheiro que ela conquistou com o esforço dela. 

Na primeira visita da Alice ã Kidzania, ela conseguiu fazer sete atividade:

1) Corpo de Bombeiros:










2) Emergência do hospital
                                            





3) Neonatal


4) Fábrica de suco



5) Caixa postal




6) Foi cliente no salão de beleza (fez penteado)




7) E confeiteira no Junior Bake Off Brasil



Teve bloquinho de carnaval na Kidzania também!


Lembra-se que eu comentei que essa viagem foi um teste de sobrevivência? Então, a missão foi cumprida com louvor e muitas lições. Aprendi que criança é outra (positivamente) quando está acompanhada apenas por um adulto. Não dá brecha para as malícias que elas têm de apostar em birras para derrubar um ou outro, quando tem mais de um adulto. Comentei isso com algumas amigas mães e a maioria percebe o mesmo. 

Na Kidzânia, diante daquele teste maluco de paciência, presenciei várias crianças esperando nas filas por um bom tempo e na hora de entrar, faziam birras e desistiam. Era comum pais desabafando que já tinham perdido tempo em filas e durante as quatro horas, só tinham conseguido fazer uma atividade. Isso não é culpa dos pais, ou da criança, ou do parque. Há uma infinidade de variáveis por trás disso tudo que contribui. Criança é uma caixinha de surpresa, eu brinco até que seja bipolar. Na última atividade, a Alice deu birra porque era a última da fila. Ai, meus sais minerais... A gente tem que estar preparada para tudo. Estava bom demais para ser verdade, um dia inteiro sem birra! Mas eu a lembrei que se ela desistisse dali, não teria chance de fazer outra coisa. E logo se tocou.

Isso me lembrou uma uma situação que aconteceu lá que me chamou muito a atenção. No final do nosso horário, só daria tempo de fazer mais uma atividade. A Alice queria ir à fábrica da Fini, que tem capacidade para seis crianças por sessão. Ao chegarmos lá, tinham aproximadamente dez crianças na fila. Eu expliquei brevemente pra Alice: filha, não vai dar tempo para você ir no próximo horário e temos pouco tempo aqui. Você prefere ficar o resto do nosso tempo na fila ou procurar outra profissão que dará tempo pra você entrar? Ela preferiu procurar outra, sem drama. Nessa hora, um dos pais que estavam acompanhando os filhos na fila comentou: isso é muito complexo para uma criança entender, é muito tempo de espera e muita coisa para escolher. Realmente é! Mas a proposta, ao meu ver, é justamente esta. 

Então, vem a história do copo meio cheio ou meio vazio. E cabe a cada um enxergar como positivo ou negativo. Eu, particularmente, amei a experiência e volto a dizer: toda criança (e pais) merece viver. 

Quem tiver a oportunidade de conhecerem esses lugares, vá sem medo de ser feliz!

Sobre São Paulo para crianças, a Alice amou! "Mamãe, quando eu crescer, quero morar em São Paulo!", declarou. Eu não consegui disfarçar a cara de quem já viveu na cidade e não curtiu como local para morar. Então, ela completou: "mas vai demorar, mamãe". Pior que não vai, minha filha! A vida tem pressa demais!

SERVIÇOS

Local: Shopping SP Market
Horário: das 11h às 19h
Loja da Turma da Mônica: localizada na entrada do parque, funciona no horário do shopping.
Alimentação: dentro do parque tem um McDonald's, mas é permitido acessar o shopping durante o dia de parque, basta carimbar o braço na loja para poder voltar.

Local: Shopping Eldorado
Horário: quarta a sexta- 10h às 14h e 12h às 16h. Sábado, domingo e feriado - 12h às 16h e 14h às 18h
Dica: cheguem cedo para garantir um bom lugar na fila. O parque libera a entrada 10 minutos antes do horário do passaporte e tem tolerância de 30 minutos no final. Nós chegamos com 1h30 de antecedência e fomos as primeiras da fila. Ao fazer o check-in, siga para a fila da entrada do parque (em frente à Kalunga), mesmo que o tempo de espera seja longo.