Sorriso mais lindo depois de uma complexa cirurgia cardíaca |
Desde domingo, um grande pai tem me inspirado muito a escrever, agradecer mais ainda pelos 383 dias que passei com o meu pitoquinho, dar mais valor também às coisas simples da vida, enfim, tudo que Davizinho mostrou para mim e para muitos, em sua curta jornada. Este pai é o cara que teve uma brilhante ideia de fazer com que o seu filho, Felipe, de 13 anos, que tem paralisia motora devido à falta de oxigenação ocorrida durante o parto, realizasse o sonho de jogar futebol. Ele desenvolveu uma bota gigante para o pai e o filho calçarem juntos. Resultado: Felipe não escondia a felicidade ao correr atrás da bola, o jogo foi completo por sorrisos lindos e cativantes, além de ter sido o artilheiro da partida!
Esta história foi apresentada também no programa Encontro com Fátima Bernardes, na última quarta (15). Foi tema de um debate rico em informações e depoimentos. A escritora Fernanda Young falou pela primeira vez sobre a sua filha que tem uma doença congênita e hidrocefalia. “Nunca falei sobre isso para não parecer que é um tipo de apelo”, revelou. Mas, o que mais me chamou atenção no depoimento de Fernanda Young foi a seguinte colocação: “Quando a gente é agraciado pela sorte de ter um filho especial é porque nós somos abençoados e somos capazes.” Concordo plenamente! Pois eu fui a escolhia da dar o maior amor do mundo ao Davi e capaz de ser feliz junto com ele, mesmo diante de todas as dificuldades!
A atriz Isabel Fillardis, que tem um filho com uma síndrome rara que compromete o desenvolvimento, a chamada Síndrome de West, também participou da discussão e completou: “Você (Fernanda Young)fez muito bem de ter falado. Tem que falar mais, não é apelativo. Eu também achava que seria, mas é que a gente passa por tanta dificuldade. Recentemente, eu recebi o depoimento de uma mãe e foi marcante porque eu senti tudo o que ela sentiu. Eu senti vergonha, senti inveja das outras mães porque tinham os filhos normais. E agora eu posso falar porque eu já senti. Tem muita mãe e pai ouvindo a gente em casa”.
Assistindo ao debate, eu me visualizei em diversos pontos e me emocionei muito. Quem tem filho especial sofre muito mais com os preconceitos da sociedade do que com o problema de saúde em sim. É claro que não é fácil lidar com vida hospitalar, medicamentos e cuidados especiais. Mas, é doloroso passear com o pequeno, sentir a felicidade dele e perceber pessoas observando-o com pena, por exemplo.
No meu caso não era muito recorrente, pois o Davi não apresentava características físicas. Mas quando eu falava sobre o problema dele, todos o fragilizavam de uma forma irritante!
Essas crianças são mais forte do que qualquer outra, mas fortes do os próprios pais que conseguem vencer qualquer limite para dar vida ao seu fruto, e infinitamente mais forte do que você, que só consegue enxergar fragilidade nelas. Se brincar, conseguem até ser mais felizes, pois são capazes de curtir as mínimas coisas, aquelas que você deixa passar porque alguma futilidade chama mais a sua atenção.
Para quem não assistiu ao Fantástico, no último domingo, ou ao Encontro com Fátima Bernardes, na última quarta, vale a pena conferir. Clique aqui!
Para quem não assistiu ao Fantástico, no último domingo, ou ao Encontro com Fátima Bernardes, na última quarta, vale a pena conferir. Clique aqui!